O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração:
é como um dia sem sol
a raiva na servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa!
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
Carlos de Oliveira (1921-1981), in Mãe Pobre (1945).
Isto está mal, muito mal.
ResponderEliminarEste e outros poemas da Resistência, pelas piores razões, voltaram a estar na ordem do dia...
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