domingo, 19 de maio de 2013

Eduardo Lourenço


A poucos dias de completar 90 anos e pouco depois de ter saído o seu último livro (Os Militares e o Poder, Gradiva), Eduardo Lourenço (1923) concedeu a Teresa de Sousa (jornal Público) uma importante entrevista, onde, com a sua habitual lucidez, abordou uma série de questões, nomeadamente, sobre a Europa. Embora a entrevista deva ser lida por inteiro, seja-nos permitido respigar alguns pequenos excertos que nos pareceram mais significativos. Seguem:
"Não temos guerra no sentido clássico, mas temos uma guerra permanente que é uma disputa para ocupar os primeiros lugares de tudo quanto se produz no mundo..."
"A verdade é que quando o Monet dizia que era pela cultura que se devia ter começado (a construção da UE), enganava-se. A cultura separa. Os intelectuais não querem perceber isso, porque pensam que são eles os donos da cultura. A cultura marca as diferenças."
"Esta Europa tornou-se um museu de si mesma."
"Veja que vivemos a eleição de Obama como se fosse a eleição do rei da Europa que não existe. Ou até do mundo. E vivemos esse sentimento da maneira mais generosa possível, quase de cinema."

5 comentários:

  1. Ainda não li porque ontem não pude, mas vou lê-la esta noite.

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  2. Os militares e o poder é um livro de 1975, agora reeditado, penso que com um novo prefácio. É apresentado hoje, ao fim da tarde, no Grémio Literário. A entrada é livre.

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  3. Confirmado, MR. Mas penso que o livro, além do prefácio, tem alguns pequenos aditamentos.
    Boa semana!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Já o vi. Tem um novo texto: «O fim de todas as guerras e a guerra sem fim» que ainda não li, mas fá-lo-ei em breve. :)

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