quarta-feira, 22 de maio de 2013

Paisagem


Poderíamos, decerto, estar no triálogo, interminavelmente, mas o nosso Amigo tinha de se ir embora.
Agora e contra a aguarela exterior azul e rosa, acendo a luz amarela interior da sala. O Tejo empresta ainda o azul cobalto, firme. Falta apenas o verde, mais o negro da noite, para compor o arco-íris do quadro. A inocência do branco já não é chamada para aqui, nem pela idade nem pelo tempo que passa.
Estamos soterrados pelo lixo claustrofóbico e superior de quem nos governa. Vai sendo cada vez mais difícil vir à tona. Outrabandistas e ténues, entre amarelo e branco, as  primeiras luzes que se acendem, numa esparsa solidão, ao longe. Logo a seguir ao rio.

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