Na segunda metade do século XX, Simone de Beauvoir (1908-1986) foi uma das poucas mulheres importantes e influentes, no plano das ideias, pelo menos, a nível europeu. Com particular incidência nos anos 60/70.
Quem, por essa altura, andava pelos 20/30 anos, com certeza que se lembra dela ou das suas causas. E talvez tenha lido alguma obra da sua autoria, fosse ela de ficção, ensaio ou mesmo autobiográfica.
Fez bem Le Monde dedicar-lhe um Hors-Série. Pena que o dossiê, do jornal francês, seja composto de pequenos flagrantes, curtos extractos literários, algumas cartas (não inéditas), breves crónicas, em vez de três ou quatro trabalhos de fundo sobre a sua vida e obra. Talvez uma concessão democrática à corrente dominante da ligeireza actual...
Mesmo assim, aqui venho lembrar a publicação recente deste número sobre Simone de Beauvoir.
No mundo dos tweets e dos sms o que se esperaria? Fez-me lembrar G. W. Bush sobre o qual se dizia que qualquer relatório com mais de uma página era demasiado extenso. E Trump deve ser igual.
ResponderEliminarÉ bem verdade. As elites, e não só as políticas, são cada vez mais escassas. E fracas em qualidade.
EliminarEsse número também já canta cá em casa. :)
ResponderEliminarSimone de Beauvoir foi muita lida pela minha geração e pela anterior, por quem foi muito admirada.
Foi com prazer e surpresa que vi que está a ser reeditada em Portugal, o que me leva a pensar que continua a ser lida. :)
Para além da importância da sua obra em termos sociais, tem uma literatura que me agrada porque é muito autobiográfica.
Bom dia!
Só tive um desencontro com Simone de Beauvoir: "La Veillesse" - estava à espera de outra coisa, com maior profundidade. Tudo o resto que li, fi-lo com gosto ou prazer.
EliminarUm dia soalheiro!
Li "Morte Serena" há muito tempo. Na altura em
ResponderEliminarque perdi a minha mãe, numa longa agonia. Talvez
nessa altura o livro me tivesse ajudado.
A temática autobiográfica de Beauvoir, bem como a filosófica é de grande qualidade. A ficção já não colhe tanto entusiasmo, da minha parte.
EliminarLivros apenas li "O Segundo Sexo", embora tenha lido bastante sobre ela e crónicas. Quanto ao índice deste "Hors-série" do "Le Monde" é fruto da época que vivemos, mas antes assim do que "nadarmos" no esquecimento.
ResponderEliminarContinuação de uma boa semana!
"La Cérémonie des Adieux" é um documento humano de grande densidade, que eu recomendo.
EliminarQuanto a este "Hors-Série", realmente, sempre é melhor do que nada...
Retribuo, cordialmente.