Se há coisa de que eu gosto, desde que me conheço, é de História. E da de Portugal, em particular.
Diz-se, e eu acreditava, que o Expresso era um jornal de referência. No meio de tantos pasquins que se publicam, em Portugal, não seria difícil dar crédito a tal afirmação que implica seriedade, primeiro, algum rigor, e solidez naquilo que se publica. A ilusão mirífica apagou-se-me, há dias.
Acontece que, na minha banca de jornais, o dono do quiosque tinha, sobrante e vendável, a colecção completa dos volumes de O Essencial dos Reis de Portugal, publicada em anexo-bónus ao Expresso, ao longo de várias semanas anteriores. Comprei, assim, a colecção das 8 pequenas obras.
Cada um dos livrinhos, tinha um prefácio de Henrique Monteiro (1956), sujeito que já tinha sido, até Janeiro de 2011, director desse hebdomadário e escreve (ou preenche), recentemente, a penúltima página do jornal. Sempre o achei um cómico bem disposto, não estava era à espera, logo no primeiro prefácio (pg. 5), de um erro dele clamoroso e desta natureza (ver sublinhado a lápis):
Agora, pela amostra, imaginem-se os dislates que não irão ocorrer ao longo dos restantes sete prefácios do sr. Monteiro!...
Eu, pelo menos, irei continuar a considerar o rei D. Sebastião (1524-1578) como filho do infante D. João Manuel, este sim, filho de D. João III. E aconselho os colaboradores do jornal a frequentarem, rapidamente, um curso intensivo de História portuguesa. Porque isto pode ser contagioso.
Assim, esta excrescência que apareceu com o jornal Expresso deve ser de evitar, absolutamente!
Eu, pelo menos, irei continuar a considerar o rei D. Sebastião (1524-1578) como filho do infante D. João Manuel, este sim, filho de D. João III. E aconselho os colaboradores do jornal a frequentarem, rapidamente, um curso intensivo de História portuguesa. Porque isto pode ser contagioso.
Assim, esta excrescência que apareceu com o jornal Expresso deve ser de evitar, absolutamente!
Durante décadas comprei o semanário Expresso, mas nos últimos anos fui deixando de ler, porque já sabia o que iria encontrar escrito nele. Depois quando ofereceram um novo grafismo â revista, vim a descobrir que a revista do jornal "Le Monde" possui um grafismo igual (mas esta revista não é vendida fora da França continental ou seja o jornal chega a todo o mundo mas a revista não. Ainda me recordo da minha cara mo aeroporto em Paris, a ler a revista). Agora surge este estranho acontecimento da newsletter, que levou a mudanças na Direcção do semanário.
ResponderEliminarQuanto ao caso que refere. não é gralha, mas antes fosse.
Desejo-lhe um bom fim-de-semana.
Há muito que não compro o Expresso, mas troco-o com um amigo, uma semana depois de ele o ter lido.
EliminarA guinada à direita, a "defenestração" de António Guerreiro e este caso recente da newsletter, indiciam um ambiente viciado. Há Costas e Costas, mas também há monteiros cómicos, ignorantes, ligeiros e desleixados, que até já foram directores... Que se pode esperar?
Retribuo, com estima, os seus votos.
Inacreditável. Bom dia!
ResponderEliminarEnvergonhante, indesculpável erro ignorante e grosseiro, no mínimo...
EliminarUm bom fim-de-semana.
Se calhar quando trocou paternidades, estava de volta do "problema verde". O toldar colorido da mente deve tee dificultado a revisão :-)
ResponderEliminarBom dia
Só damos pela paupérrima qualidade desta gente, com os deslizes de ignorância que eles tentam dissimular...
EliminarBom fim de semana.
Já me tinham dito que era uma grande porcaria, mas não imaginei que chegasse a isto. Disseram-me que era a História de Portugal de Fortunato de Almeida, o que eu achei estranho. No século XXI, o jornal Expresso 'oferecer' ao grane público uma história de Portugal publicada e 1928... Deviam ter escolhido algo mais recente.
ResponderEliminarBom domingo!
Errado. Não é do Fortunato de Almeida, mas baseado no trabalho (creio que ainda mais antigo) de Afonso Zúquete.
EliminarE quem faz de palhaço pobre é o sr. Monteiro, coitado...
Retribuo, com estima.
Nunca li nada de Afonso Zúquete e pelos vistos fiz bem. :) Que ideia mais estapafúrdia publicar esses livros...
EliminarTambém me tinham dito que o Henrique Monteiro fazia a introdução. Mas parece que não leu o livro que prefaciou porque isso não lhe passaria...
Boa semana!
No livro, o Cardeal é filho de D. Sebastião? :-)
ResponderEliminarNem tanto..:-)
EliminarMas a escrita do prefácio é ligeira, ambígua e muitas vezes confusa. A introdução parece ter sido feita com os pés, ou em cima dos joelhos.
Uma boa semana, também.