segunda-feira, 18 de março de 2019

Paris é uma festa?!


Só por ironia ou humor negro, nos podemos lembrar de um título célebre de Hemingway, para caracterizar o que se vai passando, todos os fins-de-semana, na capital francesa. Entretanto, aquele que alguns detractores chamaram, na altura da eleição, o idiota útil e que ele auto-transformou em Júpiter, talvez por ser do signo do Sagitário, parece ter sido completamente ultrapassado pelos acontecimentos. Ou incapaz de lhes pôr termo.

Mas não deixo de ficar profundamente surpreendido com o silêncio de chumbo com que os nossos afrancesados nacionais se têm comportado em relação à situação francesa actual. Parece que não se passa nada por lá, de anormal. Para não falar dos comentadores políticos, nos meios de comunicação portugueses, que fingem ignorar os acontecimentos ou titubear umas hesitações que nada significam de concreto.
Ou já tudo passou à história e à banalidade do dia a dia?


Porque será?

4 comentários:

  1. A dificuldade que foi encontrar nas notícias nacionais alguma informação sobre estes terríveis acontecimentos. Será que há uma directiva macroniana que atinge o território nacional do comentário para estarem caladinhos?
    Bom dia

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    1. O "idiota útil", quer pelo currículo, quer por altos desígnios é a marioneta da grande finança... O seu valor é o da mediocridade e está a ver-se pela sua actuação, como político.
      Dominada pelos grandes interesses, a informação, provavelmente, tem como agenda silenciar este estado de sítio que varre a França todos os fins-de-semana. Sempre é mais bonito falar das marchas de juventude desencadeadas pela menina sueca que se arrisca a ter o Nobel da Paz - o que é preciso é entreter a malta!...
      Uma bos semana.

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  2. Já lá vão 18 semanas que sigo através da imprensa e televisão francesa os acontecimentos e confesso que não estranho o silêncio, porque temos de proteger o "pequeno napoleão" (em letra muito pequenina), porque a Agência Noticiosa do "politicamente correcto" assim o ordena e nós neste cantinho sempre gostámos sempre de ser mais "papistas que o Papa", (que o Francisco me perdoe). O combustível lançado este fim-de-semana por Paris iniciou-se no sábado anterior por volta das 23H30 pelo Ministro do Interior Christophe Castanher numa boite Parisiense (fotografias da revista "Closer") e depois Macron em La Mongie nos Pirinéus tratou de concluir o trabalho iniciado pelo seu ministro. Na verdade Roland Barthes tinha razão sobre o poder da fotografia. O resultado foi triste de se ver...
    Uma boa semana!

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    1. Nem "Le Monde", que sigo intermitentemente, tem sido muito pródigo em artigos de opinião e notícias sobre o assunto... Está tudo dito.
      Depois de Sarkozy e da péssima prestação de Hollande, como presidentes, eu julguei que era impossível fazer pior - enganei-me, redondamente.
      Nem sei mais que dizer: lamentável França.
      Retribuo, cordialmente, os seus votos.

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