quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ideias fixas 6


É, no mínimo, esquisita esta decisão ou aceitação da tutela da CGD que, para efeitos de gestão do banco público, permitam aumentar o número de administradores, mas se obrigue à diminuição do número de trabalhadores...
Nesta altura da idade do mundo é uma perfeita utopia ou uma ideia ingénua, de almas simples bem-aventuradas ou de políticos perversos, considerar que, no futuro, haverá mais empregos ou postos de trabalho.
Posto que, para mim, há ainda alguns ofícios que não têm grande razão de existir. Ou que seriam dispensáveis. Limito-me apenas a referir três: os curadores de arte e exposições, os gestores de conta bancários e os psicólogos. Todos eles são muletas redundantes de pessoas que não sabem governar-se por si. Ou que não souberam crescer nem ganhar e gerir a sua própria autonomia. Estética, financeira e humana, respectivamente.
Mas também é bem possível que estas malas-artes referidas, por várias razões, algumas delas obscuras, continuem a proliferar e a dar emprego, nessas funções decorativas...

8 comentários:

  1. O mundo da finança é para mim kafkiano porque assim o construíram.
    Quanto a profissões que refere como os curadores (ou comissários) de arte e exposições, os gestores de conta bancários e os psicólogos, tenho a dizer que acho os segundos nefastos, porque todos temos ouvido histórias sobre os aconselhamentos destes senhores...
    Pela minha experiência profissional, tanto os comissários de exposições são necessários como os psicólogos.
    Bom dia!

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    1. Respeito a sua opinião, embora não concorde.
      Dantes, também se faziam magníficas exposições, através de uma estreita colaboração entre galeristas e artistas.
      Na Inglaterra, ultimamente, tem havido diversas polémicas causadas por algumas escolhas (pouco criteriosas) de alguns comissários das mostras. Que, de algum modo, se transformaram em novos capatazes do gosto...
      Bom dia!

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    2. Em todas as atividades isso existe, como na crítica literária e de cinema. E continuamos a lê-los ou não.
      Bom dia!

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    3. De cinema, ainda vai havendo. Em literatura só há recensões, pagas ou inquinadas, mais a "Colóquio" - isto anda pelas ruas da amargura. E com a falta de sentido crítico, centenário e português, é quase o desastre total...

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  2. substituir trabalhadores por administradores não executivos parece de facto má gestão. Confesso, no entanto, alimentar a esperança de que o estatuto ou 'profissão' de 'não executivo' se mantenha até que eu possa experimentá-la. Quem não? Quem não gostaria de receber para não trabalhar? :)
    Mais a sério, acho que tem razão embora continue a acreditar que os curadores são úteis nos museus, infelizmente são poucos e sem margem para a criatividade...

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    1. Isto cada vez vai mais para os "happy few" que todos nós conhecemos, do aviário do Centrão - não há volta a dar... Normalmente, também, membros das grandes internacionais, religiosas, sexuais ou meramente corporativas, o que ajuda imenso a estas benesses. Mas estes bonifrates servem também para dar cor a enfadonhas empresas, como a Mota-Engil e outras, ou para debitar banalidades na tv, para sossegar o pagode.
      Tenho grandes dúvidas quanto aos curadores (curam o quê?) e prefiro chamar-lhes comissários: "policiam o gosto". Mas, com alguma benevolência, dou o benefício da dúvida que um , ou outro, possa fazer obra de jeito. Muito poucos, no entanto.

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  3. Completamente de acordo, quanto à utopia de criar postos
    de trabalho, numa sociedade cada vez mais automatizada e
    informatizada. As máquinas substituem em "quase tudo" o
    homem. E não consigo ver como se consegue dar a volta a
    esta situação dramática do desemprego. Uma guerra?
    Infelizmente, talvez!

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    1. Eu creio que tem faltado ambição e imaginação aos políticos.
      Com absoluta justificação tem havido um aumento de postos de trabalho, por exemplo, no apoio aos idosos. A limpeza das florestas evitaria grandes prejuízos, também, até de vidas...
      A guerra também me tem passado pela cabeça..:-( Mas será que, com tantos conflitos dispersos, não estaremos já no meio de uma terceira grande guerra?...

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