segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Citações CCXCIV


O homem é a única criatura a mostrar, em simultâneo, um certo desgosto pela vida e um desmesurado desejo de existir: despreza a vida, mas teme o nada.

Alexis de Tocqueville (1819-1856), in Democracy in America.

5 comentários:

  1. Com a primeira parte concordo, mas não com o «despreza a vida, mas teme o nada»... Eu, que me considero uma criatura com senso comum normal, não desprezo nada a vida, gosto bastante de viver. Como não tenho religião, depois da morte é nada. O que há a temer de nada?
    Já muitas vezes tenho pensado que quem acredita que existe algo para além da morte, devia aceitar a morte em paz, se é que me faço entender.

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  2. Em vida é que é de temer o nada; depois de morto...

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    1. Eu creio que em cada ser humano há, quase sempre, uma certa ambivalência. E também conheci pessoas que davam pouca importância a terem nascido - não é o meu caso. Mas também é verdade que, com alguma frequência, me desagrada a vida que vejo, à minha volta. Porque podia ser outra: com mais dignidade, autenticidade e solidariedade.

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