Curiosamente ou não, nos últimos
tempos, vieram-me à memória as imagens do país cinzento e culturalmente
uniformizado que conheci nos inícios dos anos 70 do século passado.
Com a reserva e a estima pelas
pequenas ilhas de pensamento elaborado e de cultura – universal e popular – que
se respirava em casas de Águeda, Lisboa e Almada que me acolheram logo nos
primeiros anos, confesso que guardei, quanto ao resto, a lembrança de um certo
“mofo” intelectual, físico e vivencial.
Talvez, por metáfora abrangente da
uniformização do pensar, viver e agir, de uma certa classe média do regime, com
frequentes ligação ao chamado “Ultramar”, sirva uma imagem de decoração mais
expressiva, a saber, a “mesa credência” em talha dourada no “hall” de entrada,
reproduzida na imagem.
Ora, no “regresso ao passado”
existem figurantes que, de repente e com roupagens novas, vão surgindo e,
curiosamente, activam uma memória que se julgava adormecida, até pelos lugares
e conivência que escolhem pela representação. Curiosamente recuperam a mesa de
credência há muito esquecida.
No entanto, a memória teima em não
querer apagar o sentido de gestos e posturas matriciais de determinados actores,
até um Martinez (de Direito) renovado e em segunda geração.
Post de HMJ
HMJ,
ResponderEliminarMartinez, também não... :)
Para MR:
Eliminar[do endereço de APS, estou sem computador]:
pois, já deve haver poucos que se lembram do nome.