terça-feira, 14 de outubro de 2014

Qualidade, quantidade e coscuvilhice


Era sabido que os romances de Patrick Modiano (1945), em França, não se vendiam muito (em Portugal, parece que também não...), embora o considerassem um digno sucessor de Simenon, na sábia construção de atmosferas. É provável que, agora e por algum tempo, passe a vender mais, que o Nobel acaba sempre por trazer às livrarias alguns cordeirinhos tresmalhados.
Entretanto, a última obra da senhora Trierweiler - diz o "Obs." - já vendeu 442.000 exemplares, fazendo, com certeza, o pleno dos leitores das melhores revistas róseas gaulesas. E até nem incluo nestes consumidores, por uma questão de justiça, o sr. Hollande, que tinha todo o direito ( e interesse) de conhecer o enredo dessa obra histórica e actual. Mesmo que já não tivesse uma atmosfera nupcial...

4 comentários:

  1. Acho que os livros de Modiano podem conquistar novos leitores, e fiéis.
    Por cá, basta ver aqueles que foram entrevistados no dia da atribuição do Nobel e que gaguejavam para conseguir dizer nada sobre o homem. Deu mesmo ideia de que nem sabiam quem ele era. Não percebo qual era o problema de dizer que nunca tinham lido nada dele. :)

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    1. Confesso que só sabia o nome dele, e tinha lido, de fresco, a recensão de "Le Monde", de que falei aqui. Ler, é que nada. Há quem o compare a Le Clezio, mas eu não gosto de 2 ou 3 livros, que li, dele...

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  2. O "best seller" do momento, em França, chama-se "Le suicide français", escrito pelo jornalista Eric Zemmour. Já vende mais do que "Merci pour ce moment", da querida Valérie. O pior, dizem, é que é um livro quase-nazi.

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    1. Haja deus!, venha o diabo e escolha...
      O último "Obs", no Top-25, dá, nos "Romans/fiction", o "Aux Portes de l'Eternité (de Ken Follet) em 1º, e o último Modiano em 8º; mantém a inefável Valérie, em primeiro, logo seguida, pelo livro que refere, nos "Essais/Documents"...

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