quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dos Saramagos


Do rústico assentador de baptismo, embriagado, que crismou o nosso Nobel com a alcunha da família, Saramago, sabia eu a história. De Alfredo Saramago, que escrevia, alentejano, sobre gastronomia, e que, na BNP, não terá deixado boa memória, também. Assim como conhecia, de nome, António Saramago, enólogo e produtor da Península de Setúbal e do Alentejo, que ainda hoje exerce e, ao que parece, bem, o seu ofício. Mas nunca lhe provei os vinhos.
Mas, do saramago terrunho e rasteiro, só lhe sabia o nome e nem sequer as feições. Lineu chamou-lhe assim, em latim: raphanus raphanistrum. Sobre eles, falou Jaime Lopes Dias ("Cozinha e Alimentação na Beira Baixa", 2003, Alma Azul), com conhecimento e causa: "Vegetais de folha larga e recortada, de cor verde escura. Nascem espontaneamente entre as culturas cerealíferas. Substituem as couves, quando estas faltam. São muito procurados para viandas dos porcos."
E parece que das raízes dos saramagos, que são tenras, também se podem fazer saladas, para além de sopa. Há que louvar uma planta assim!

3 comentários:

  1. Que interessante! Desconhecia esta planta. Bom dia!

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  2. Da planta, conhecia-lhe o nome, apenas. Agora ando a ver se a vejo, pelos campos..:-)
    Bom dia!

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  3. Nunca tinha visto o aspeto da planta. Há que experimentar... :)

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