Já repararam alguma vez que todas as nossas invenções se orientam seja no sentido da poupança das nossas forças, seja para a poupança das repetições (como já tive ocasião de referir); seja ainda no sentido de conduzir o nosso corpo para longe dos seus estados naturais, por exemplo, tentando imprimir-lhe velocidades cuja ordem de grandeza se tenta aproximar sempre mais da velocidade da percepção e da concepção do espírito?
Dizia-se muitas vezes, outrora: "Tão rápido como o pensamento." (...) O pensamento parece pois obstinar-se em encontrar um meio de mover as coisas tão depressa quanto ele mesmo. Aí está bem evidenciada uma influência das propriedades ou dos caracteres funcionais do espírito sobre a orientação das invenções.
Paul Valéry, in Variété III (pg. 213).
Paul Valéry, in Variété III (pg. 213).
É bem verdade. A velocidade vai aumentando - mas ainda não inventaram o teletransporte, que poderia dar muito jeito... :-) Bom dia!
ResponderEliminarA ficção tem antecipado muitas invenções. Júlio Verne é um bom exemplo, por isso não me custa a crer que o teletransporte venha a ser criado no futuro..:-)
EliminarBom dia!