A figura de Martin Heidegger (1889-1976) continua a ser polémica e a despertar paixões, sobretudo pela sua adesão e ligação ao nazismo, durante os anos 30, que o filósofo alemão nunca explicou suficientemente, bem como pelos fundamentos das suas teorias filosóficas.
Este interesse apaixonado, que se acentuou recentemente com a saída dos seus "Cadernos Negros", em França, justifica que o jornal Le Monde (26/9/14) lhe consagre duas páginas inteiras, com depoimentos de cinco colaboradores e analistas.
Independentemente de eu não tomar posição, por insuficientes conhecimentos pessoais e próprios, não quero deixar de traduzir um pequeno excerto da análise de Jean-Marc Mandosio (1963), ensaísta e tradutor, que segue:
"...O problema principal é evidentemente que a filosofia de Heidegger é feita em grande parte de jogos de linguagem e revela-se de uma extrema pobreza: por trás do jargão heideggeriano, as suas interrogações, inçadas de citações poéticas, e as suas etimologias fantasistas que fazem derivar o alemão do grego, não têm muito de sério nem de consistente. ..."
Uma opinião não faz história, mas, não há dúvida, que estas afirmações de Mandosio, para mim, ignorante que sou, não são desprovidas de sentido...
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