A Fugas do jornal Público, de sábado passado, trouxe-me matéria familiar e grata de comeres e beberes. De vinhos, falava da casta Alvarinho e de Monção, que me são caros, e do açoriano Frei Gigante, branco e picaroto, que é também um dos meus eleitos, tanto que o abordei no Blogue, há cerca de 2 anos atrás, com encómios generosos e sinceros (Produtos Nacionais 4 : Enologia Açoriana, em 18/2/12).
Quanto a restaurantes, havia referências a três. O Solar dos Nunes, a Alcântara, que conheço e recomendo; mas também se falava, infelizmente, no provável fecho do Coelho da Rocha, em Campo de Ourique, onde tantas vezes estive para entrar, mas onde nunca comi - e, agora, já deve ser tarde para o fazer. Finalmente, e para meu desgosto, também se noticiava, na Fugas, o possível encerramento do Restaurante Isaura, na Avenida Paris, já próximo da Praça do Areeiro.
Foi neste último que o sr. Costa, profundo conhecedor da enologia nacional, me deu a conhecer o mavioso branco Herdade Grande, alentejano, e o duriense Quinta das Caldas, tinto de Alves de Sousa, ambos ainda hoje bem marcantes na minha preferência. Lá provei um pombo bravo recheado, divinal, lá iniciei o meu herdeiro mais velho nos sabores ancestrais da perdiz lusitana. E hei-de recordar, enquanto for vivo, um delicioso arroz malandrinho de polvo, de uma noite fria de Fevereiro.
Mas não só. Os rituais do sr. Costa, para abrir um vinho mais especioso, e a carta de vinhos fabulosa, no detalhe informativo e na larga qualidade da oferta, a preços muito justos. E, depois, todas aquelas garrafas, em volta, num lambril alto da parede, davam-nos o aconchego do profissionalismo esclarecido e a segurança antecipada de que sairíamos, do Isaura, regalados.
Todos com ótima comida..
ResponderEliminarNão sabia que o Coelho da Rocha e o Isaura iam encerrar, talvez mais umas vítimas a lei das rendas.
Sei que o Isaura, porque estava com falta de clientela ao jantar, uma vez por semana, à 6.ª feira,, há uns dois anos, fazia uns jantares de comida peruana que eram muito frequentados. Fui uma vez, gostei, mas não fiquei fã.
É verdade, o Coelho da Rocha, ao que me dizem.
ResponderEliminarMas creio que, de certo modo, passaram de "moda", e o Isaura está numa zona de população envelhecida... E até baixou os preços, que nunca foram muito altos.
É uma pena!