É com particular satisfação íntima que, por vezes, sei ou tenho notícias sobre mecenatos que se reúnem em vontade colectiva, e financeira, para adquirir (e doar, eventualmente), de forma a não deixar sair do país, obras de arte com interesse nacional. Se há nisto algum proveito natural para o(s) próprio(s), decorrente da dedução nos impostos, também há, no facto, algum brio patriótico que não pode ser desvalorizado.
Aquando da recente telenovela portuguesa dos Miró, ainda pensei, ingenuamente, que algum Santos, algum Roque ou Amorim, algum Belmiro se chegasse à frente, ou mesmo alguma instituição mostrasse interesse em que este acervo pudesse ficar em Portugal. Mas estes senhoritos estão mais interessados em levar dinheiro para a Holanda, do que deixar ficar telas em território nacional...
É essa a grande diferença, de qualidade. Porque, ontem, soube que a National Gallery, de Londres, enriqueceu mais o seu acervo, mediante um mecenato esclarecido. O quadro "Men of the Docks", do pintor americano George Bellows (falei dele, aqui, em 16/1/13), vai ficar na Inglaterra. E a National Gallery já lhe reservou lugar condigno, numa sala, entre Claude Monet e Camille Pissarro.
Mas o Belmiro está a chegar -se à frente no tal museu do Chiado...
ResponderEliminarValha-nos isso!, ao menos, porque o MNAC era (é?) de uma indigência resumida e vergonhosa (vide- Uma visita fruste: o MNAC, de 7/6/12, aqui, no Arpose), em relação ao extenso e valioso acervo que possui.
EliminarMas há uma diferença de tomo entre ser Patrocinador e evitar a emigração de obras de arte para o estrangeiro, apesar de tudo...
Uns gostam do país para o enriquecer e outros para o depenar.
ResponderEliminarPalavras de sabedoria!
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