domingo, 16 de dezembro de 2012

Versão sobre um poema de Emily Dickinson


Grandes alamedas de silêncio levavam
Aos bosques próximos da pausa;
Aqui não havia notícia, nem discórdia,
Nem universo, nem leis.

Pelos relógios era manhã e para a noite
Os sinos chamavam à distância;
Mas as datas aqui não tinham expressão
Porque o tempo não respirava mais.

5 comentários:

  1. Gostei muito. Agora vou tentar encontrar o poema da E. D. que dê origem a esta versão.

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  2. Fico contente que tenha gostado, MR.
    Uma vez mais, a tradução não foi feita do original, daí a ausência das maiúsculas e dos travessões tão característicos na obra de E. D. - por essa razão lhe chamei "versão". E também porque usei de alguma liberdade interpretativa que, espero, não tenha traído demasiado a fonte...

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  3. Em sequência, MR, aqui vai o texto sobre que trabalhei:
    "Great streets of silence led away
    To neighborhoods of pause;
    Here was no notice, no dissent,
    No universe, no laws.

    By clocks was morning and for night
    The bells at distance called;
    But epoch had no basis here
    For period exhaled."

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  4. Obrigada. Já percebi. Pensei que era mais uma glosa à volta de um poema de E. D.

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