terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Maldizer


Ao contrário do que se poderia pensar, o meio artístico é, muitas vezes, uma espécie de ninho de lacraus, de invejas e animosidade, onde o maldizer e as ferroadas são frequentes. Já aqui falámos, em tempos, destes ódios de estimação que, em Portugal, também existem e existiram (Lobo Antunes versus Vergílio Ferreira, por exemplo).
A publicação de "Le Passé défini", sétimo volume do Diário (1960-61) de Jean Cocteau (1889-1963), está aí para o provar. Atente-se na caracterização malévola que Cocteau fazia dos seus camaradas das Letras. Assim:
- Saint-John Perse escrevia uma poesia "cheia de truques". Claudel era um "falso génio". Ionesco era o "Strindberg das Galerias Lafayette". Saint-Exupéry, uma "farça sacrossanta" e "Le Petit Prince" de uma "imbecilidade ignóbil". Mauriac, uma "nulidade" e Malraux "ilegível"...

4 comentários:

  1. Não aprecio muito a poesia de Saint-John Perse e detesto Claudel. Também não sou fã do teatro do absurdo, logo do «Strindberg das Galerias Lafauette». :)
    Gosto de Mauriac e Malraux.

    ResponderEliminar
  2. O Cocteau devia ter uma língua fresca.

    ResponderEliminar
  3. Língua de prata (creio que se diz)..:-))

    ResponderEliminar