Já não tenho paciência para ouvir a maioria dos comentadores televisivos, nem ler grande parte dos cronistas do meu jornal diário. São autênticas cassetes de ressonância uns dos outros, papagueando o mesmo blá-blá deslavado e desmiolado, abordando tudo pela rama do lugar comum, estupidificante e fastidioso. No meio deste cacarejar acarneirado há, felizmente, algumas (poucas) excepções.
A crónica de José Pacheco Pereira, hoje sábado, no jornal Público, é um brilhante exercício de inteligência e de análise na desmontagem dos pressupostos e mentalidade que enferma a mensagem de "Pedro e Laura" no Facebook. Há ocasiões em que gostaríamos de ter escrito o que acabamos de ler. Esta é, para mim, uma delas. Por isso, com a devida vénia a J. Pacheco Pereira e ao jornal, passo a reproduzi-la, parcialmente.
Mas, quem puder, que faça o favor de ler a crónica (Os convidados da mesa de Natal dos portugueses), integralmente. Não será, com certeza, tempo perdido.
Eu, que acho que a pobreza dos portugueses é a pobreza dos resignados e que Pacheco não existe, subscrevo totalmente as suas (e dele) palavras.
ResponderEliminarÉ sempre bom não estar sozinho. Muito embora tenha consciência que somos uma "imensa minoria", para usar palavras de J. R. Jimenez.
ResponderEliminarTb li o artigo do Pacheco e claro que concordo com oq eu diz.
ResponderEliminarE tb li, no mesmo jornal, a crónica de VPV.
São ambas boas, as crónicas. Mas a de JPP tem outra altura - há coisas que nos fazem reconciliar com o mundo
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