sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Os diálogos possíveis


As citações colhi-as no TLS (nº 5722), e são referidas na recensão a The 1.000 Wisest Things, de David Pratt (Robson, 2012), todas elas de homens célebres nobelizados. Em confronto imaginário, seriam:
1. Sartre diz para Camus - "Um caso de amor, uma carreira, uma revolução: estas aventuras em que embarcamos sem saber como vamos sair delas"; e Camus poderia contrapor: "Todas as revoluções modernas acabaram num reforço do poder do estado".
2. Ytzak Rabin para Arafat (prémios Nobel da Paz, em 1994): "Hoje vim trazendo um ramo de oliveira e uma arma. Não deixes o ramo de oliveira cair da minha mão"; e Arafat poderia ter respondido: "Tu não podes fazer a Paz com os teus amigos. Podes, no entanto, fazê-la com os teus mais desagradáveis inimigos".
3. Juan Ramón Jimenez disse: "Esquecer é uma virtude, a memória, um vício"; e Heinrich Böll poderia responder: "Uma sociedade sem memória, é uma sociedade doente".
Mas, para além destas diatribes de contraposição provocada, há, nesta recensão do TLS, alguns ditos de espírito bem interessantes, de que vou referir dois:
de Saul Bellow: "Um estrangeiro é sempre mais estrangeiro, em França.
François de Mauriac: "Eu só posso gostar e compreender o Inglês depois de ele ter morrido."

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