Quando comecei a frequentar leilões de livros, em meados dos anos 70, as primeiras edições de Aquilino Ribeiro (1885-1963), usadas, vendiam-se à roda de Esc. 400$00. Mas, rapidamente, com a inflação galopante, passaram para os 700$00. Deste valor se exceptuavam, por mais raras, "Oeiras: uma monografia" e "Leal da Camara: vida e obra". Com sorte, o livro póstumo "Um escritor confessa-se", com introdução de José Gomes Ferreira, saído em 1972, em algumas livrarias ronceiras, com velhos fundos, nos anos 80, ainda se podia adquirir, novo, por Esc. 180$00 - assim o fiz, em Loulé, em 1983.
Estes preços, evidentemente, não se aplicavam às tiragens especiais, em bom papel, com ilustrações muito bonitas de Pomar, Alice Jorge, Hogan, Dordio Gomes...que eram bastante mais caras. Por vezes, também as "Arca de Noé", o "Romance da Raposa" (ilustrado por Benjamin Rabier), "Príncipes de Portugal" e o "Livro do Menino-Deus", que tinham ilustrações, por despiques em leilões, iam a preços elevados. De qualquer modo e, até ao início do séc. XXI, os preços das primeiras edições de Aquilino foram, paulatinamente, subindo: Esc. 1.200$00, 1.400$00, 1.700$00, 2.400$00, 2.700$00... A procura foi, no entanto, diminuindo e, os preços, naturalmente, estabilizaram.
Recebi, há dias, o 17º Boletim Bibliográfico da Livraria Antiquária do Calhariz, do meu estimado José Manuel Rodrigues. Os lotes, de 544 a 569, são dedicados a Aquilino Ribeiro. O preço médio das obras (de edições diversas) é de 12,00 euros (ou seja, cerca de Esc. 2.400$00) - está conforme. Não são, pelo menos, preços à moda do Porto...
Gosto muito.
ResponderEliminarA edição do Romance da Raposa, com ilustrações a cores do Rabier, é que aparece pouco.
Do Boletim Bibliográfico, referido, também não consta. É realmente difícil de comprar, para quem o não tenha. Entretanto, a 3ª edição da "Estrada de Santiago", que pus na imagem, num catálogo recente da Castro & Silva vem com o preço de venda de 40,00 euros.
ResponderEliminarE a primeira da Arca de Noé III classe que tem umas belas ilustrações de Jorge Matos Chaves também não se vê muito.
ResponderEliminarTambém gosto de Aquilino. Não sei se li a "Estrada de Santiago"...
ResponderEliminarSe não estou em erro, veio a transformar-se no "Malhadinhas".
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