Voluntário na 1ªGrande Guerra, veterano condecorado, Otto Dix (1891-1969) foi obrigado a lutar na II G. G., já no final do conflito. Pintor, dos mais importantes do expressionismo alemão, ele sabia, na pele, o que era, realmente, a Guerra. Daí que ela esteja tão presente nas suas obras. Grande parte da sua pintura no post-guerra é de índole religiosa, porque começou a viver em Paz. Mas são dele as palavras que se seguem, para caracterizar esse pesadelo monstruoso:
"A guerra é qualquer coisa de animal. Fome, piolhos, lama, esses ruídos enlouquecedores - enfim tudo é diferente. Veja, os quadros antigos davam-me a sensação, que um lado da realidade ainda não tinha sido retratado: tudo aquilo é verdadeiramente feio. A guerra tinha qualquer coisa de repugnante, mas não deixava de ter a sua grandiosidade. Eu não podia de modo algum perder tal oportunidade! É preciso vermos o homem nessas condições para sabermos algo sobre ela. (...) Durante anos, pelo menos dez anos sempre tive os mesmos sonhos, durante os quais rastejava por entre casas arruinadas, por corredores que mal me davam passagem, as ruinas estavam permanentemente nos meus sonhos."
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