Há quem tente colar, erradamente, W. Goethe (1749-1832) ao Romantismo. Como todos os grandes artistas, o Poeta alemão escapa-se à classificação. Marcel Schneider, na sua biografia sobre Schubert, marca bem essa diferença, referindo o ponto de vista de Goethe sobre os seus contemporâneos:
"...Criticou-se muito em Goethe a sua incompreensão em relação aos artistas românticos: Hölderlin, Beethoven, Weber, Kleist não lhe cairam em graça. É que Goethe via neles tudo o que mais odiava no mundo, a doença, a desordem, a extravagância e a loucura. Toda a vontade olímpica da sua vida recebia um desmentido face a estes génios patéticos. Dir-se-ia que Apolo negava a existência de Diónisos. Goethe sentia-se ameaçado nas suas fontes de existência e glória. E ele não era um santo: afastava-os com um gesto da mão. ..."
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