É, no mínimo, uma ironia do destino que uma criação genuinamente portuguesa, que está ligada (ou estava) à nostalgia - para não dizer à tristeza -, hoje, nos tenha provocado uma alegria.
Que o Fado tenha sido, nesta época de usurpação e desânimo, considerado Património Imaterial da Humanidade, pela Unesco, dá-nos alguma consolação e alento, mas pouco mais que isso.
E talvez seja bom lembrar que o fado veio de baixo, de muito baixo, de vozes melhores ou piores, anónimas umas, muitas já esquecidas, numa cadeia de gerações, para chegar até aqui, hoje.
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