1. A três de Abril o cuco há-de vir, e se não vier até oito, está preso ou morto.
2. Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
3. A sardinha de Abril, é vê-la e deixá-la ir.
4. Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
Nota pessoal: apeteceu-me substituir, no primeiro provérbio, cuco por melro, porque este último já me canta, nas redondezas, lindamente, há mais de 15 dias, e logo pela manhã...
A carranca é a mãe do cuco - vem ao princípio de Abril e diz ao Maio que seu filho está para vir.
ResponderEliminarEm tempo de cuco pela manhã molhado à noite enxuto.
Cuco com S. Bento (21/3) vem e com S. Bento (11/7) vai. (Vila do Conde)
Mas vale um cuco na mão que um cu que não fala.
Ver Augusto Gil: "Enquanto despia o fraque
/ junto ao leito de noivado / escapuliu-se-lhe um traque / de timbre aclarinetado.// A noiva olhou-o de lado / e ficou com ar basbaque / a remirar o bordado / das botinas de duraque. // Houve, após esse momento, / naquela noite de gala, / um duplo constrangimento. // E o noivo diz, então: / Oh filha, cu que não fala / é cu sem opinião."
Super!...
ResponderEliminarDesconhecia este Augusto Gil. Giríssimo!
ResponderEliminarE aqui vai para a troca, como já vem sendo hábito:
«Ventos de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir.» Veremos...
Obrigado, MR. E,hoje, já vi nas ruas os pequenos
ResponderEliminarramalhetes do dia da Espiga.
fantástico, o poema do Augusto Gil. Peço permissão para transcrever a pérola no meu blogue.
ResponderEliminarE obrigada, Luís.
Amigo APS, há cucos em Lisboa?
Para "o. da e.":
ResponderEliminarna verdadeira acepção da palavra, em Lx., nunca vi nenhum, mas deve haver, lá para as bandas de Monsanto e no Zoo("noblesse, oblige"). Quanto aos melros: aquele a que me referia é "outrabandista", depois, há um aqui no Chiado que vive no jardim que foi do Conde(?) de Farrobo;finalmente, há o da Gulbenkian, que mora num poema do João Miguel Fernandes Jorge.
Todos os anos, tinha um melro à janela, no sítio onde trabalho. Este ano, ainda não apareceu...
ResponderEliminarE temos «O Melro» do Junqueiro. Que Melro!... :)
ResponderEliminarMuito bem lembrado e "luzidio",MR!
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