Dou por mim, num destes extremos ocidentais, olhando o areal por onde, aqui ou mais além, há cinquenta anos, mais mês menos mês, rastejei, um dia, como um cão, em exercícios militares, seguramente estúpidos e humilhantes. A raiva era consoladora, nessa altura, mas não podia ter expressão muito visível. A prática, posterior, indiciava já, no entanto, quer nas repartições castrenses quer nas paradas marciais, a agonia de um regime.
Olhando o areal da foz do rio Grande (em 1968, era o Lizandro), dou-me a pensar, inexplicavelmente, na Europa. E o mesmo sentimento me assalta, como outrora. Talvez, também, pela mediocridade das chefias. Ainda que os povos, arregimentados, se resignem, é ao velório da Europa a que estamos a assistir. Tal como a conhecemos, como união dos povos ocidentais, numa solidariedade que se vai desagregando, mais e mais, inexoravelmente.
Amém.
Amém.
Amém!
ResponderEliminarPenso nos que chegam, esperançosos, a areias europeias. Coitados!
Como podem os povos europeus estender a outros povos uma solidariedade que não têm entre si?
Creio que isto, sem uma profunda convulsão inesperada (guerra?), já não tem remédio, nos próximos tempos.
EliminarTambém rastejei no areal junto à foz do rio Lizandro, nos idos de 1968.
ResponderEliminarAmém!
Julgo que o "pack" era muito semelhante nas sucessivas incorporações...
EliminarVejo isto com enorme tristeza e (sobretudo) apreensão.
ResponderEliminarBoa tarde!
A tragédia dos anos 30/40 pode vir a repetir-se como farsa, nos próximos anos - para usar a conhecida citação.
EliminarBoa tarde.
Nunca acreditei nesta comunidade. Os sinais começam a ser evidentes
ResponderEliminare agora espera-se por qualquer coisa que nem se sabe como vai evoluir.
Boa semana.
Pelo menos, Delors deu-lhe consistência e credibilidade. Quando chegou ao Barroso, foi notório que tudo iria descarrilar, infelizmente...
EliminarOutro tanto lhe desejo, com estima.