O Stencil teve grande uso e voga até, pelo menos, meados dos anos 90. Mais barato que as fotocópias, na altura, e de fácil reprodução em quantidade, fazia as vezes de jornal político clandestino para as organizações de extrema-esquerda e maoístas, principalmente. Mas também era usado como arma de arremesso e denúncia anónima de instituições laicas.
É o caso deste O Escândalo das Letras (EoL), de Abril de 1989, que se destinava a incomodar a nossa república literária, ou beliscar, mordaz, alguns bonzos ou figuras instaladas em certas instituições literárias. Com 12 páginas stencilizadas, este pasquim interessante, é hoje, certamente, um documento raro. Não haverá, por aí, muitos exemplares sobreviventes que possam vir a ser consultados.
Por essa razão, aqui deixo algumas imagens do exemplar nº 0, para se fazer a ideia de uma época e das motivações, efémeras, que o justificaram, na sua origem panfletária.
com envoi fraterno para A. de A. M..
Não conhecia. Daqui a pouco volto para ver se consigo ler algo deste jornal.
ResponderEliminarBom sábado!
Clicando por cima das imagens, acho que consegue.
EliminarBom fim-de-semana.
Nos meus tempos de estudante fizemos no liceu uma revista intitulada "Perspectiva", utilizando o stencil que "batíamos" à máquina de escrever com o célebre corrector cor-de-rosa para os erros e depois fomos tirar as cópias à Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências. Embora só tenha saído um número tinha artigos sobre cinema, livros, poesia, arte, actualidade politica e até umas palavras cruzadas. Esta sua crónica fez-me nascer estas memorias:)
ResponderEliminarBom domingo!
Pois ainda bem que as memórias lhe vieram à tona..:-)
EliminarTambém me lembro de muitos manifestos e documentação simples em "stencil", embora o meu jornal liceal, "Alvorecer", já fosse mesmo impresso. Mas "dirigido" superiormente pelo professor de Português, que ainda estávamos em período salazarista. E o respeitinho é que era bonito!
Um bom Domingo, também.