domingo, 2 de setembro de 2018

Em desamor de Coimbra


Há todo um imaginário e vocabulário próprios de Coimbra. Remanescente em quase toda a gente que por lá passou. Inesperadamente, e apesar de lá ter nascido, assim como, por dois anos, lá ter cabulado, caloiro e semi-puto, parece-me que fiquei imune a esse fascínio que a cidade parece despertar.
Dizia-me o bom amigo A. C. S., na Penha, aqui há uns meses, a propósito de outras coisas: Coimbra é uma cidade morta. Sem futuro. Formam-se e fogem... Devia ter razão. Logo que a troquei por Lisboa, com a sua liberdade mais ampla, prontamente a esqueci, sem saudades.
Ficaram-me algumas palavras que a praxe académica cultivava, alguns nomes de Repúblicas, alguns trinados de serenatas, na Sé Velha, um falar limpo sem grandes entoações nem sotaques. Mas pouco mais me vem à tona, para além do Mondego, que, pelo Verão, era um fiapo ou fiozinho de água envergonhado, que mal dava para refrescarmos os pés...

10 comentários:

  1. Tempo de recordações. Muita coisa vai ficando para trás.
    A música, essa perdura enquanto a ouvirmos.
    Aznavour, Andy Williams a lembrar um filme.
    Ah..., também gostei das fotografias.

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    1. Esta época, que vai sendo de passagem do Verão para o Outono, traz sempre consigo uma nuvem ligeira de nostalgia, queiramos ou não..:-)
      Uma noite boa.

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  2. Tem razão, esse amigo. Não me incluo nos que fugiram mas estou entre os que querem ir enbora.
    A cidade permanece morta,em parte, porque os que cá estão (coimbrinhas, doutores) fazem questão de a manter assim fechada a penetrações externas, criativas e dinamizadoras que a revitalizem.

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    1. Coimbra não terá mudado muito, naquele horizonte cerrado de algumas cidades de província, portuguesas...
      A carga de passado, pelos vistos, continua carregada. Infelizmente.

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  3. Tem graça, porque nunca vivi em Coimbra, mas é uma cidade de que gosto bastante. Bom dia!

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    1. É mais o ambiente humano, que desagrada. Porque a cidade até tem zonas verdes e Jardim Botânico, bonitos, um excelente Museu (Machado de Castro), algumas ruas simpáticas (Sofia e Ferreira Borges...) e o Mondego. Mas para mim não compensa o resto..:-(
      Uma boa semana.

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    2. Nunca convivo muito por lá (porque só fui de visita), mas as duas conimbricenses que conheço são bem simpáticas :-) Bom dia!

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    3. Eu também sou conimbricense..:-)))
      Mas fui criado e cresci em Guimarães.
      Bom dia.

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  4. Gosto de Coimbra.
    É uma cidade de província como tantas outras. Mas se calhar a culpa também é dos que fogem de lá.

    :)))

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    1. Eu creio que não há por lá tanto emprego como isso.
      E, no tempo por que lá passei, a cidade era muito fechada, excepto na coscuvilhice...

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