Numa esplanada da rua de Sta. Catarina, releio, à sombra, o luminoso prefácio Excessivo é ser jovem, que Eugénio de Andrade (1923-2005) escreveu para a sua antologia sobre Coimbra, Memórias de Alegria. Trouxe o livro da rua Formosa, juntamente com Martha Quest, de Doris Lessing, que já só irei ler em Lisboa.
Sta. Catarina está transformada numa babel de vozes, entremeada de uns pindéricos cantores de rua que, não sendo romenos, de anglo-saxónicos têm apenas a sujidade e a desafinação pelintra. Tudo isto afinal não difere muito de Lisboa, no fundo. E, se não fosse a força encantatória das palavras de Eugénio, eu ficaria submergido de mediocridade turística, por todos os lados.
...Era uma alegria antiga que se repetia, embora em rigor nunca fosse igual, este crescer, este subir, este fluir - pois para que serviria a música, se não nos levasse nas suas pequenas e sucessivas vagas ao tempo orvalhado e sem mácula?...
Fecho o livro, pago a despesa, levanto-me da mesa, e ao ritmo e lembrança das palavras de Eugénio, vou ligeiro, que tenho um encontro amigo e aprazado para a rua Sá da Bandeira...
Até imagino onde foi à Rua Formosa...
ResponderEliminarBons dias pelo Porto.
Acertou, MR. Mas as Manas andavam numa fona, a rearrumar os restos da Feira do Livro...
EliminarObrigado.
Bons dias lisboetas.
Para seu bem, espero que não tenha ido à Rua das Flores!
ResponderEliminarE a que se deveu essa vinda ao Porto? Uma certa exposição? Os restos da Feira do Livro? O Infarmed?
Não fui, ainda...
EliminarNada de especial, para além de vir mostrar a Invicta a uma Parente e rever um grande Amigo...