A ordem é uma obrigação da sociedade e um esforço da razão; o caos, aparentemente, uma circunstância intrínseca da natureza. Mas até nas coisas mais genuinamente populares pode existir um lado anarca, uma liberdade sem fronteiras simétricas e razoáveis ou prudentes, um surrealismo avant la lettre, numa explosão alacre, que pode aparentar-se com a criação mais naïf.
Ora, atente-se neste adágio, que mais parece um estribilho libérrimo e sem sentido:
Gente pouca em Paradança, Pardelhas e Campanhó; boieiros de Bilhó; caceteiros de Atei; caniqueiros e Zés Pereiras de Mondim; demandistas de Vilar e tolos de Ermêlo, quem mais quiser vá lá sabê-lo.
E mais não digo...
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