Experiência é uma comparação prolongada.
Porque a dúvida, sendo em última instância uma gaguez afectiva da sensibilidade, abstém-se, delicadamente, em afirmar.
Tomem-se três livros de ficção, em boa calma; depois, leiam-se 2 páginas de cada um, ao calhas, de forma concentrada e responsável: o que mais se nos afeiçoar, é porque é o melhor. Mesmo assim deixe-se a abeberar a decisão, por uns cinco minutos, em banho-maria.
Com alguma sorte, até pode ser que o escolhido tenha qualidade literária.
A fartura permite esta exorbitância diletante.
P. S. : decisão tomada - Angústia, de Graciliano Ramos.
Método alternativo.
ResponderEliminarTomem-se vários livros (cinco? seis? alguns em leitura repetida...) e vão-se saboreando, em visitas intercaladas...
Não porque queira fazer assim, mas porque não abundam, na minha menos farta biblioteca, livros daqueles que não conseguimos parar de ler...
Atualmente: A consciência e o romance (David Lodge); Miramar (Naguib Mahfouz); Hereges (Leonardo Padura); Les ignorantes (Étienne Davodeau); Naufrage (Claude Auclair). E algumas revistas de reflexão e atualidade da BD, compradas nas recentes férias em França...
Enfim: o final das férias não ajuda a uma abordagem adequada a estas coisas............
Alternativa sua que, muitas vezes, é também minha: 3 ou 4 livros em simultâneo, que vou lendo consoante o estado de espírito. O extremo foi em Outubro de 86, vindo de Madrid, com uma sacada de livros - um autêntico "rave", durante vários dias...
EliminarO que nos separa: o tempo que resta à minha idade. Raramente frequento o presente, que o passado tem ainda muitos tesouros para eu descobrir. Alguns, decerto, que já não terei tempo para ler.
Quanto à "Angústia", de Graciliano Ramos, recomendo-lhe, vivamente. É uma leitura compensadora, muito movimentada, sucinta de estilo, mas muito rica de conteúdo e efabulação.
Eu leio sempre mais de um ao mesmo tempo. Até porque normalmente tenho que um só leio no Metro. E esta escolha tem a ver com o tamanho e o conteúdo.
ResponderEliminarTenho de espreitar Miramar de Naguib Mahfouz, autor de que gosto muito.
Boas leituras de Angústia.
A foto é muito gira.
ResponderEliminarO meu ideal é ter um livro de História, um de Ensaio e outro de Poesia, para ler alternadamente, mas na mesma altura. A ficção ficou para segundo plano, nestes últimos tempos, mas esta Ficção, de Graciliano Ramos, é da melhor prosa e qualidade.
EliminarAborrece-me andar com mais do que um livro em mãos, e não o faço intencionalmente, mas às vezes acontece, como agora, que trago dois em mãos, porque de ambos interrompi a leitura para ler outros que surgiram pelo meio (e de leitura mais rápida e fácil). É o resultado de se quere ler muita coisa e o tempo disponível, não estar de acordo.
ResponderEliminarAchei giro este interlúdio:)
De Graciliano Ramos creio que li apenas "Vidas Secas". Vou tomar nota deste "Angústia".
Bom dia:)
Como, praticamente, quase só leio em casa, não tenho o problema de andar com os livros de um lado para o outro.
EliminarObrigado pelas suas palavras sobre o texto do poste.
Felizmente, pela idade, a Isabel ainda se pode dar ao luxo de ler a Rosa Montero (brincadeira minha!)..:-))
Mas não perca esta obra de G. R., ou "Infância", que eu considero uma obra-prima.
Um boa semana!
Ah!Ah!Ah! Essa da Rosa Montero foi gira! Ri-me mesmo!!
EliminarFiquei com vontade de ler esse e, por acaso, fui ao site Wook e pedi "Infância" e "Angústia", ambos numas edições baratas de 6.56 €. Também estive ali a ver na minha estante e tenho "Memórias do Cárcere", que comprei há tempos, mas ainda não o li. Nem me lembrava que o tinha.
Boa noite:)
Também tenho "Memórias do Cárcere", que ainda não li.
EliminarTenho, para mim que, com Machado de Assis e Guimarães Rosa, Graciliano Ramos é um dos três maiores prosadores brasileiros, de sempre.
Uma boa noite!