quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Adenda pessoal ao poste anterior, de Valéry


A invasão progressiva de termos anglo-americanos, sobretudo na captação e colonização das áreas da informática e da economia, denuncia o império.
Porque, ao contrário dos nossos irmãos brasileiros, não fomos capazes nem temos sequer a diligência ou preocupação de criar palavras portuguesas que os signifiquem ou traduzam.
Mais, para alguns (comentaristas, economistas, informáticos, provavelmente mal servidos de conteúdo lexical), a utilização desses jargões anglo-americanos é uma forma de se distinguirem (ou assim o devem pensar), como iniciados de uma nova ciência oculta.
Compreende-se assim, também, que palavras como pátria, nacional, e algumas outras, sejam tão pouco usadas, ou envergonhadamente, e comecem a cair em desuso, em troca desse pretenso cosmopolitismo, parolo.

3 comentários:

  1. Às vezes até temos, mas não as usamos por serem muito extensas ou por termos começado por usar as palavras inglesas.
    O pouco uso da palavra «pátria», durante anos, teve a ver, erradamente, com certas conotações que a palavra teve em certo período da nossa história recente.

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    1. Estou convencido, não a nosso propósito mas de alguns, que o uso de anglo-americanismos é devido, sobretudo, a preguiça mental e indigência vocabular de quem os usa sistematicamente. O discurso mediocre do inefável Zeinal Bava era um caso exemplar disso. Mas também essa gentinha deve pensar que isso lhe distinção...
      Quanto à palavra "pátria", acho que já é tempo de não termos preconceitos e de a usarmos, embora com equilíbrio democrático. Porque da "Mátria", de Natália Correia, talvez menos poluída de passado, francamente, nunca dela gostei..:-)

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    2. Errata:
      onde escrevi "isso lhe distinção...", deveria ter escrito: isso lhe dá distinção...

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