quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Uma fotografia, de vez em quando (67)


Gaëtan Gatian de Clérambaut (1872-1934) era descendente, por via materna, de Alfred de Vigny, e, do lado paterno, os seus ascendentes chegavam a Descartes. Exerceu psiquiatria, em França, e era um profissional muito considerado. Jacques Lacan, anos mais tarde, considerava-o o seu único mestre. Quase cego, por problemas de cataratas, Gaëtan suicidou-se a 17 de Novembro de 1934. Morreu solteiro.
Para além da psiquiatria, dedicou-se, também, intensivamente à fotografia, e o seu acervo conhecido é composto por cerca de 30.000 fotos. Mais do que a qualidade estética da sua obra, o que surpreende é que, a grande maioria das suas fotografias registam mulheres árabes (Marrocos) veladas, numa obsessão ou delírio que nos parecem singularíssimos e estranhos, mesmo para a época.

2 comentários:

  1. Vestidas assim, de branco, sempre suportam melhor o calor... Mas, as que vejo, assim vestidas, de preto, em dias quentes, por aqui, não sei como aguentam... Além de me fazer muita impressão não ver o rosto de quem se cruza comigo...Sem falar nas questões de segurança - tanto pode ser uma senhora inofensiva, como alguém com outro tipo de intenções...

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    1. Como são muito raras, as embiocadas, por cá, não tenho esses sentimentos que, em caso contrario, porventura, teria. Porque esse "costume" não deixa de ser uma aberração medievalesca. E de origem machista...

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