domingo, 19 de julho de 2015

Quintilha de um longo poema de James Clive (1939), em versão portuguesa


O jardim da minha filha tem um lago de peixes dourados
cada um como se fora um dedo pequeno, assim, o mínimo,
e eu paro e fico a vê-los seguindo a sua regra justa
de nunca se tocarem por engano, nunca errando:
suas trajectórias tão perfeitas, como deve ser uma canção.


Clive James, in Sentenced to Life (TLS, 2/5/2014).

6 comentários:

  1. Belo poema! Eu gostava de ter um jardim e um lago com peixes dourados... Bom Domingo!

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    1. As minhas histórias com peixes (dos meus filhos) foram sempre infelizes..:-(
      Mas também gosto muito da simplicidade do poema de C. James.
      Bom Domingo, também!

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  2. Tb acho o poema lindo e tb nunca tive muita sorte com os aquários cá em casa. Parece que dava comida a mais aos peixes. :(
    Bom domingo!

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    1. Ainda bem que gostou, MR. Quanto às suas razões, só confirmam o rifão: "Pela boca morre o peixe."
      Boa tarde!

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  3. Já tive peixinhos de aquário, por várias vezes e gosto muito de olhar para eles. Acho que olhar o movimento dos peixes em aquário, acalma. Tive um que durou mais de dois anos, daqueles pretos de olhos grandes, e que, suponho que por causa da comida, foi passando de preto para vermelho. Outra vez, comprei uns peixitos e passados pouco tempo vi novos peixes, pequeníssimos, no aquário (não me lembro se eram três ?). Tinham nascido ali (não sei como). Morreram, mas o último a morrer, ainda durou algum tempo, o suficiente para me fazer chorar quando morreu. Eu sei que é um bocado parvo, mas tive tanta pena do peixinho, que ali nasceu e que acreditei que ia vingar...

    Enfim...fiquei com vontade de voltar a comprar uns peixitos para o aquário que está arrumado no sótão...

    Gosto do poema:)

    Um bom domingo:)

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    1. Concordo consigo, que olhar para os peixes a nadar, num aquário, é relaxante. O movimento no silêncio é talvez a causa dessa virtualidade que, à partida, parece inexplicável.
      Todos somos sensíveis de várias maneiras e por vários motivos - essa, uma das diversidades humanas que nos diferenciam...
      Quanto ao poema, parece haver consenso.
      Boa tarde!

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