"Como é que alguém se senta e se dispõe a escrever mais um livro sobre Shakespeare?" - pergunta Neil Forsyth, no penúltimo TLS (nº 5855), ao iniciar a sua recensão sobre a obra Shakespeare and Abraham, de Ken Jackson.
Ora, isto mesmo já me perguntei eu, variadíssimas vezes, neste meu já longo convívio com o jornal literário inglês, em que é rara a semana em que não se fala do grande dramaturgo britânico. Este facto, insólito para mim, seria comparável, talvez, a que cada quinzenal JL trouxesse um texto sobre Camões.
Acrisolado amor? Fascínio continuado ou devoção perseverante e patriótica? O que é facto é que a obra de Shakespeare vai ganhando novas perspectivas e actualizadas interpretações. Que melhor a explicam, ao nosso tempo, facilitando porventura a sua leitura, pelas novas gerações.
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