"... Tu não imaginas quanto Lisboa me entedia e tambem me entristece. É bem uma cidade em funeraes. Por toda a parte cautelleiros, capilé, empregados publicos, e carros do Jacinto... E depois que cheiro a secretaria, que nem a maresia do Tejo consegue disfarçar. ..."
A. Nobre (1867-1900), em carta a Vasco da Rocha e Castro (Revista de Portugal, Outubro de 1938)
Esse cheiro a secretaria, infiltrando-se nos frágeis pulmões, foi-lhe fatal. Nunca mais recuperou, e morreria seis anos depois, tuberculoso...
ResponderEliminarNobre era um lídimo "Dragão", "avant la lettre", mas Paris não lhe foi, também, nem propício, nem salutar... E é, com Camilo Pessanha, um dos meus poetas preferidos do séc. XIX português. Quase toda a poesia oitocentista lusa é paisagem, mesmo Junqueiro, que gritava muito...
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ResponderEliminar:) ao comentário de A.C.
ResponderEliminarQuanto à resposta de APS: ainda bem que Junqueiro gritou muito. :-)
Na juventude, eu gostava muito de Junqueiro, hoje, menos.
EliminarMas não há dúvida que os seus gritos prepararam mentalidades, de forma positiva.