Curioso apelo de um jornalista,
no DER SPIEGEL de hoje, apelando à Srª Merkel para “mostrar grandeza” perante
um projecto superior a qualquer “racionalidade contabilística”, i.e.
incentivando-a a optar por defender uma Europa de Paz.
Defendi, numa conversa familiar sobre a
conturbada História da Europa, que a maioria dos alemães nem têm noção da sua
História, como demonstra o seu actual “contabilista-mor”. Duvido, por isso, que
a Srª promovida, durante algum tempo como protagonista da História Alemã, a chanceler, alcance o
sentido profundo do apelo do jornalista.
Duvido, pois, da suprema inteligência de chanceleres cientistas,
mesmo de físicas ou químicas, quando se reduzem ao seu terrunho. Sucede que, com
frequência, não percebem o mundo na sua essência geográfica, humana, cultural e
social. Por isso, apelos “a grandeza de espírito” não têm o seu efeito, porque
a pessoa em causa não alcança o imperativo: ético, cultural e humano.
Para tentar redimir este pecado
supremo de humilhação de um povo – neste caso da Grécia – lembrei-me da
Sinfonia Renana de Schumann que, nos meus tempos de adolescência, abria o
noticiário local. Era uma altura em que a cultura se aliava à política. Ou
seja, bons tempos de grandeza de espírito que, infelizmente, não existem actualmente.
Isto é uma tragédia. Os gregos não vão conseguir pagar mais um resgate e não vão esquecer mais uma humilhação. Estes anormais estão a empurrar o mundo para um buraco e nós a ver.
ResponderEliminarPara MR:
Eliminarbem observado: "anormais"!