24/5
Almoço desinteressante em Lamego.
Chegados, verifico que as assimetrias de Portugal, por aqui, são ainda mais evidentes. Consegui ver que há comentários nalguns dos últimos postes do Blogue, mas nem sequer consigo abri-los, muito menos, responder. No entanto, da janela vejo, enormes e altos, 3 "moínhos eólicos", no monte defronte, sinal da modernidade tecnológica e ambiental portuguesa, mas a inefável tmn-MEO quase não tem rede, aqui, nem mesmo para telemóveis, e trabalha, no mínimo, à velocidade obesa e preguiçosa de um caracol distraido.
Vou-me resignando à hipótese provável e desagradável de o Arpose ficar "congelado" por uns tempos...
Mal que eu só tenha trazido dois livros para ler! Paciência... olho a paisagem, que é lindíssima. À noite, inicio as "Mitologias" de R. Barthes.
25/5
Domingo, 8h44. Mais 4/5 tentativas frustradas para ligar a net e aceder ao Blogue. Em frente, cinco oliveiras retorcidas e centenárias asseguram a antiguidade do lugar e a permanência estática do espaço. Isolado, agreste, sem abertura alguma ao futuro ou à modernidade que, fatalmente, nunca passará por aqui. Fecho o computador e desisto. O telemóvel, inerte e sem vida. Inesperadamente, consigo mandar uma mensagem... mais nada.
Donelo, Gouvinhas, Ferrão, Covas do Douro, andam por aqui à volta, numa babel de nomes estranhos e cujo som fonético convoca tempos imemoriais, no mesmo ermo de solidão e penedia alta. Para chegar a casa, são cerca de 350 metros de picada exígua de largura, e inóspita.
16h10, Pinhão. Por momentos, no computador, a ligação"...Paris, S. Petersburgo, o mundo..." (Cesário). A suprema ironia...
Bom regresso ao Arpose.:)
ResponderEliminarMuito obrigado, MR.
EliminarUm sossego forçado...
ResponderEliminarQue acabou por não ser desagradável de todo..:-)
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