O menino ia no mato
E a onça comeu ele.
Depois o caminhão passou por dentro do corpo do
menino.
E ele foi contar para a mãe.
A mãe disse: mas se a onça comeu você, como é que
o caminhão passou por dentro do seu corpo?
É que o caminhão só passou renteando meu corpo
e eu desviei depressa.
Olhe, mãe, eu só queria inventar uma poesia.
Eu não preciso de fazer razão.
Manoel de Barros (1916), in Tratado geral das grandezas do ínfimo.
:-)
ResponderEliminarÉ esta "desarrumação" que, na boa sequência de Manuel Bandeira, faz grande a poesia deste Poeta brasileiro..:-)
EliminarTem razão o menino; não precisa ter razão para inventar poesia.
ResponderEliminarÉ bonito.
Boa noite :)
Absolutamente..:-)
ResponderEliminarBom dia!
E outro que aqui li...
ResponderEliminar..:-))
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