Bem, como não conheço a maior parte das palavras, resolvi fazer um soneto com elas..."Soneto para dois mil e catorze":Caminhas, calhostro, sem destino,Arrastado, vergado à camoeca.Será a da vida ou a do vinho,Que tua cancha hoje tanto afeta?Na janela avistas a camboeiraQue cor, que fragrante delícia!Tua mão avança, bem certeira,Com fome, mas nunca com malícia!A canema, atenta, sai da portaE salta, aos gritos de “É ladrão!”Bates forte, e ela queda morta.Foges!, já ruge a multidão.Mas tropeças na caleja tortaE conseguem, infeliz, deitar-te a mão!
Meu caro Artur Costa:invejo-lhe o repentismo, comum ao do meu amigo Almeida Mattos, e de que eu não sou capaz, infelizmente. E vai-me desculpar que eu dê publicidade, em poste, à sua brilhante glosa.Saudações natalícias doAlberto Soares.
Já vi a honra que me concedeu e que eu, que jogo com as palavras, mas pouco mais, não mereço.
Fiquei muito honrado com a sua glosa. Foi um gosto dar-lhe o destaque merecido.
Bem, como não conheço a maior parte das palavras, resolvi fazer um soneto com elas...
ResponderEliminar"Soneto para dois mil e catorze":
Caminhas, calhostro, sem destino,
Arrastado, vergado à camoeca.
Será a da vida ou a do vinho,
Que tua cancha hoje tanto afeta?
Na janela avistas a camboeira
Que cor, que fragrante delícia!
Tua mão avança, bem certeira,
Com fome, mas nunca com malícia!
A canema, atenta, sai da porta
E salta, aos gritos de “É ladrão!”
Bates forte, e ela queda morta.
Foges!, já ruge a multidão.
Mas tropeças na caleja torta
E conseguem, infeliz, deitar-te a mão!
Meu caro Artur Costa:
ResponderEliminarinvejo-lhe o repentismo, comum ao do meu amigo Almeida Mattos, e de que eu não sou capaz, infelizmente. E vai-me desculpar que eu dê publicidade, em poste, à sua brilhante glosa.
Saudações natalícias do
Alberto Soares.
Já vi a honra que me concedeu e que eu, que jogo com as palavras, mas pouco mais, não mereço.
EliminarFiquei muito honrado com a sua glosa. Foi um gosto dar-lhe o destaque merecido.
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