terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Uma fotografia, de vez em quando (23)


Esta fotografia, que o Tejo divide na horizontal, de lavra doméstica e devida à objectiva atenta de HMJ,  pouco deverá à arte, mas praticamente tudo à felicidade do momento fixado.
Especulemos.
Os dois funâmbulos destemidos, à esquerda na foto, um olhando a Norte, o outro ensimesmado no Sul do horizonte, embora parecendo dois pais natais sobre a enorme chaminé, estão realmente mais longe, em cima do telhado de zinco da Escola de Belas-Artes, contemplando os extremos da paisagem possível. Um bem agasalhado, o segundo, em mangas de camisa. E, este último, decerto menos friorento (e se estava fria, a manhã de Dezembro!...), denuncia, talvez, a sua vocação de artista plástico, porque parece trazer consigo, na mão esquerda, uma folha branca de desenho, ainda virgem...

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