segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Apontamento 33: Chegou o Pai Natal !



Julgo que a maioria dos Europeus já se esqueceu da data da última eleição para o Parlamento alemão. Passaram quase três meses !
Na Alemanha, com o circo mediático, Ângela Merkel alimentou o atraso e a incapacidade política ao ponto de proporcionar a entrada de uma nova sigla no vocabulário, i.e., GROKO [= grande coligação].
Eis senão quando, pelo "sapatinho" do Pai Natal, lá chega a um novo governo, finalmente.
Perante o espectáculo degradante, aconselha a prudência o regresso a uma suprema virtude humana, a saber, a humildade, faculdade tão ausente e, quiçá, avessa à personagem em epígrafe.
Contudo, e usando as suas palavras, quem não consegue fazer os seus deveres [= Hausaufgaben], atempadamente, não terá, obviamente, qualquer autoridade moral para os impor aos outros.
Com efeito, os povos europeus dispensam "mestres escolas" medíocres.

Post de HMJ

5 comentários:

  1. Ou: mais uma lição de responsabilidade dada pelos políticos sérios que os alemães têm. As coisas importantes não se fazem em cima do joelho, porque o Povo paga-lhes para trabalharem e não para deitar foguetes.

    ResponderEliminar
  2. Para Artur Costa:
    está livre de interpretar o texto como entender. No entanto, o sentido, mesmo literal, não permite a leitura que lhe queira dar. Como autora do mesmo, sublinho que o sentido é, exactamente, o oposto. Não vejo nenhuma responsabilidade num processo de formação de governo de três meses, e muito menos um exemplo para os chamados "países do Sul da Europa", "lentos" nas suas acções, "madraços e irresponsáveis".
    Dispenso, como afirmei no texto, lições de políticos pretensamente sérios. Aliás, sinto-me bem acompanhada, porque há alemães que sabem distinguir muito bem o "ser" do "parecer".

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, bom dia.
      Não quis interpretar o seu texto, que compreendi perfeitamente.
      A minha "interpretação" é antes uma leitura alternativa dos factos, ou seja, da demora na constituição de um governo na Alemanha. Não me parece nada fácil que um partido ganhe as eleições e negoceie de forma tão séria que acaba a partilhar seis ministérios com o partido que as não ganhou e seria (e será) a grande alternativa. Isso não é coisa que se faça para amanhã, nem sequer para o mês que vem.
      Podemos não gostar de alemães (muita gente não gosta), ou apenas desprezar os seus políticos atuais (muita gente despreza). Mas não podemos, por isso, desmerecer-lhes os bons exemplos.

      Eliminar