O TLS (The Times Literary Supplement) da semana passada (nº 5677) dá conta de um renovado interesse pela literatura Oriental, manifestado pela publicação de alguns estudos e por uma nova tradução de "As Mil e uma Noites" cuja primeira versão, francesa, no Ocidente, data de 1706 e foi feita por Antoine Galland. A influência e fascínio que a obra provocou, na Europa intelectual, foi grande. De Rilke a Rimsky-Korsakov, de Goethe a Wordsworth, de Weber a Henry Fielding, os vestígios da sua leitura são abundantes. Os contos foram coligidos, da transmissão popular, pela primeira vez, na Pérsia, mas quase imediatamente tiveram, também, uma versão em árabe. A colectânea tinha o título original de: Kitab alf laylah wa-laylah.
Lembro-me que, na minha infância e adolescência, vi muitos filmes baseados na obra, ou efabulados sobre as figuras principais das "Mil e uma Noites", bem como livros infantis sobre Sindbad, Ali-Babá, Xerazade, Aladino...Houve até uma tradução portuguesa, em fascículos, creio que da Editorial Aster. Depois, terá havido um certo apagamento. Provavelmente, a Primavera Árabe e o Irão na agenda política do dia, terão contribuído para este reinteresse pelas "Mil e uma Noites", no Ocidente.
Mais dia, menos dia, e com a globalização, que tudo apressa, é de supor que este revivalismo também chegue a Portugal.
Como gosto muito de histórias infantis, tambem gosto muito das 1001 noites - especialmente do Aladino e do Ali-Babá. Um dos aspectos mais interessantes das histórias ditas infantis é que nem sempre o são e tiveram de ser adaptadas para as crianças. Gosto de comparar a versão original e a versão infantil. Outro dia li para a minha filha a versão original da história da carochinha e tive de saltar o fim. Voltando às 1001 noites, gostava de encontrar uma edição apelativa para os meus filhos - ou (já agora também) para mim.
ResponderEliminarTambém sou fã das Mil e uma noites.
ResponderEliminarOs Estúdios Cor é que fizeram uma edião muito bonita, com belas ilsutrações, intitulada O livro das mil e uma noites. Não conheço (ou não me lembro) a da Aster.
ResponderEliminarDeixei uma geminação no Prosimetron. :-)
ResponderEliminarOs fascículos, Margarida, eram realmente da Estúdios Cor, conforme MR diz, e não da Aster. Como não estou na minha "oficina", não tenho elementos sobre outras edições das "1001...", mas possuo um edição ilustrada, truncada e com falta do frontispício, não sei se brasileira. Voltarei, portanto ao tema, em breve.
ResponderEliminarObrigado pela rectificação, MR, porque era realmente da E.Cor. Óptimo quanto à geminação que irei ver logo que possível.
Então vamos andar geminados durante uns dias, dado que os contos das 1001 noites vão voltar ao Prosimetron também. :)
ResponderEliminarÓptimo, MR. Provavelmente sairá uma "Leitura Antiga".
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