sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Chaim Soutine



Controverso, no mínimo, o pintor Chaim Soutine, nascido próximo de Minsk, a 13 de Janeiro de 1893, faleceu em Paris, em 1943. O seu amigo Henri Serouya, evocando o seu sorriso de "menino cândido", diz que ele era la douceur même. Pelo contrário, o escritor Maurice Genevoix sublinha-o como um solitário assumido, e de mau feitio. Há uniformidade em atribuir-lhe, no entanto, persistência e tenacidade no seu labor artístico, e coerência de estilo. Raramente pintava sobre esboços prévios de desenho, mas as cores projectava-as com intensidade sobre a tela, logo de início. Após períodos de esterilidade criativa, entrava em fases de frenesim criador, numa espécie de misticismo laico, torturado. E, ao evitar a preparação e desenho prévio nos seus quadros, procurava sobretudo não dispersar ou fragmentar a sua inspiração.
Nos anos que passou em Céret (1919-1923) produziu cerca de 200 obras. A série de "Meninos de côro" data de 1927. O quadro em imagem, o primeiro que eu vi de Soutine, e um dos que mais gosto, pertence à colecção particular da família Castaing. A ocupação nazi fê-lo passar por grandes provações e sofrimento moral e psicológico, pelas ameaças que sofreu. Em 1943, refugiado que estava em Champigny-sur-Veude (Touraine), uma perfuração intestinal obrigou-o a regressar, de urgência, a Paris. Operado demasiado tarde, Chaim Soutine morre na manhã de 9 de Agosto.

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