86
As mais puras colheitas foram semeadas num solo que não existe. Elas recusam a gratidão e nada devem, senão à primavera.
93
O combate da perseverança.
A sinfonia que nos levava, morreu. É preciso acreditar na alternância. Tantos mistérios que não foram devassados, nem destruídos.
98
A linha de voo do poema. Ela devia ser sensível a cada um.
102
A memória não tem acção sobre a lembrança. A lembrança perde força contra a memória. A felicidade não sobe mais.
Nota: a capa do livro em imagem tem uma ilustração de Georges Braque. A obra é a tradução para alemão, feita por Paul Celan. Os poemas de Char, originais, foram escritos no Maquis, entre 1943 e 1944, sob o título de "Feuillets d´Hypnos".
Muito belos. Gostei particularmente do primeiro.
ResponderEliminarAinda bem que gostou, MR. Apesar de já ser selecção minha, inclinar-me-ia para o último fragmento(102).
ResponderEliminar