Recolagem de Outono
Vibram sílabas ao vento e os cabelos
brancos esvoaçam como aves fustigadas,
frágeis e furtivas
para sul.
Águas rompem de um incerto futuro
como as pedras ficam
quietas para sempre, conformadas
no infinito.
Sobe da terra um bafo morno,
materno, cada vez mais frio,
e a morte é a grande abstracção
depois da noite maior.
11-2000// Sb., 10/11-2011.
Gostei. E da foto que parece deste Outono.
ResponderEliminarMuito obrigado, MR.
ResponderEliminarSurripiei-o para a minha «casa». Espero que não se zangue...
ResponderEliminarNão, c.a.. Publicar um poema denuncia sempre um desejo de partilha. Por isso, só tenho a agradecer.
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