sexta-feira, 4 de novembro de 2011

arte menor (7)


Recolagem de Outono

Vibram sílabas ao vento e os cabelos
brancos esvoaçam como aves fustigadas,
frágeis e furtivas
para sul.

Águas rompem de um incerto futuro
como as pedras ficam
quietas para sempre, conformadas
no infinito.

Sobe da terra um bafo morno,
materno, cada vez mais frio,
e a morte é a grande abstracção
depois da noite maior.

11-2000// Sb., 10/11-2011.

4 comentários:

  1. Gostei. E da foto que parece deste Outono.

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  2. Surripiei-o para a minha «casa». Espero que não se zangue...

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  3. Não, c.a.. Publicar um poema denuncia sempre um desejo de partilha. Por isso, só tenho a agradecer.

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