sexta-feira, 29 de maio de 2015

Glosa (4)


Que devemos herdar destes últimos versos?
Cumpri-los na obrigação metódica da leitura mais próxima das palavras, ainda mornas? Tentar fazê-las quase nossas, na matéria sombria de outra voz tão desigual, ao ouvi-las? Ou seguir o seu procedimento a tracejado, nesta noite parda de calor do dia passado, que parece ressumar e fumegar, ainda, do rio?
Mesmo que aos versos se acasalem, por coevas, as palavras do Amigo que nos sagrou sobreviventes,ao princípio da tarde. No estúdio interior da calçada banal, já só havia passado, coeso embora nas recentes mas últimas telas onde o azul cinzento era preponderante. E nas palavras, que eram simples, despidas de qualquer ostentação. Ou metáfora, que havia de ser - se fosse -  fogo fátuo e vazio, para quem se conhecia há muito...
Em suma e apenas: interrogar o início, imaginar o fim.

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