Se é verdade que, muitas vezes, contra todas as evidências, vemos o que queremos ver, e não o que lá está, realmente; ou lemos o que gostamos, ou gostaríamos de ler, também é um facto que um jornal, que se pretende plural, tem, necessariamente, sound bites para várias camadas de leitores.
Atentemos, por exemplo, nalguns títulos do jornal Público de hoje:
1. Estado põe contabilista da Tecnoforma a gerir créditos do BPN.
2. Portugal é o oitavo país da UE com mais mortes por álcool.
3. Padre Mário da Lixa quer provocar "limpeza mental" (a propósito de Fátima).
4. Hollande sobre Fidel: "Um homem que fez história".
5. Mais perguntas do que respostas no "caso Crivelli".
Agora, proponho um desafio, lançando leitores-tipo que melhor terão recebido estes títulos, mas por ordem desencontrada da lista anterior:
a) os leitores soixante-huitards.
b) os oposicionistas inatos.
c) os abstémios e hipocondríacos.
d) os intelectuais engajados.
e) os leitores laicos e republicanos.
Quem quiser, que tente acasalar, devidamente...
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