terça-feira, 26 de maio de 2015
De "As Fórmulas da Viagem", o poema V, de Tomas Tranströmer
A caminho para uma longa noite. Obstinadamente, o meu relógio
faz cintilar o insecto prisioneiro do tempo.
Uma sala sobrelotada torna o silêncio mais espesso.
Na penumbra, as planícies passam em tropel.
No entanto, o escritor está apenas a meio da sua imagem
e é por aí que se deslocam, simultaneamente, a águia e a toupeira.
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