terça-feira, 6 de janeiro de 2015

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Dia de Reis, hoje, não será despropositado falar de religião...
Uma boa parte dos crentes, do Islão ao Cristianismo, estrutura em elementos emocionais ou atávicos a sua fé. Daí, por vezes, uma deriva até ao fanatismo. Em situações normais, no entanto, e quando perdida essa crença, algo fica de residual, no ser humano: uma moral, para não dizer - uma ética.
Por isso, as palavras de Maurice Sachot, que vou citar, fazem sentido, para mim. Vêm numa entrevista que abre o dossiê que o L'Obs/Hors Série (em imagem) dedicou a Jesus Cristo. Ei-las: 
"...o facto de se considerar que, desde a sua aparição (o cristianismo) é pensado, em si mesmo, como uma religião, no sentido que nós damos a este termo, é certamente fonte de numerosas abordagens. Porque isso não é verdadeiro senão com a refundação do cristianismo no mundo latino, a partir do século II. Antes, o cristianismo, tirando a região judaica, desenvolveu-se numa área cultural muito diferente: o mundo helenístico. E, aí, ele construiu-se como uma filosofia. ..."
Aqui fica a chamada de atenção para este número especial de L'Obs, saído recentemente, a quem possa vir a interessar

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