sábado, 10 de janeiro de 2015

Na Gulbenkian, até 25 de Janeiro


Um Goya monocromático, escurecido, pretextando a caridade de Santa Isabel de Portugal, duas muito belas imagens de estatuária religiosa, uma delas sobre a mesma Santa, com panejamentos delicados em movimento; e um Santo António mavioso no seu sono de bondade, sob a protecção do Menino. Retratos impressivos de Van der Hamen, que me lembraram o de Quevedo, magnífico. Tudo isto não será notícia, para quem já viu a exposição "Tesouros dos Palácios Reais de Espanha", na Gulbenkian.
Mas convém destacar o grande "Cavalo Branco", logo de início, visto pelo olhar único, e oblíquo para a esquerda, de Diego Velázquez, que, se não fosse um sacrilégio, eu diria que faz o contraponto (olhar oblíquo, para a direita) da púdica "Vénus ao espelho", único nu - de costas ainda por cima - que o grande pintor espanhol, de ascendência portuguesa, pintou em toda a sua vida. Foram estas, em breve inventário, as obras em que me detive, pela sua beleza. E que trouxe, na memória.

4 comentários:

  1. Esta já vi, mas esta semana tenho de ir ver a do Dacosta, que tb acaba no dia 25.
    Bom domingo!

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    1. Só depois de termos feito a visita é que demos e lemos que havia também Dacosta..:-(

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  2. existe um Velasquez em Portugal. Mas as entidades tutelares não querem saber por pertencer a um proprietário privado

    http://elmanosmuseum.blogs.sapo.pt/10626.html

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    1. Muito lhe agradeço a informação, que desconhecia. Acabei por ler também as suas anotações à exposição da Gulbenkian, de que gostei bastante.
      Teremos de concluir que, muitas vezes, a Cultura está entregue a mãos descuidadas...

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